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FREIRE, PURA INSPIRAÇÃO

Voltando a interdisciplina de Didática... Tive o prazer de encontrar novamente Paulo Freire, falando de algo ao qual acredito... Uma proposta voltada a realidade do educando. Com isto o uso dos Temas Geradores é premente.

Com estes, Paulo Freire nos trás algo que me encanta, a DIALOGICIDADE. o interagir para conhecer, o trocar para qualificar, o abrir-se para compor nossa mais pura visão de mundo. Quando pensamos neste convite que Paulo Freire nos faz ao diálogo, vemos que hoje, infelizmente, nós educadores ainda estamos distantes do aluno, de suas famílias, e estes consequentemente, estão longe de nós também.

As práticas pedagógicas que emergem dos temas geradores, aproximam, significam e dão um novo cunho ao conhecimento. É o aprender para transformar.

Minha escola tem em sua proposta pedagógica o seu vértice no Tema Gerador, com ele efetivamente conhecemos nossos alunos e suas famílias, pois quando realizamos uma pesquisa sócio-antropológica e vamos até onde nossos alunos moram, vamos conhecendo o seu espaço e podemos ir construindo um currículo que seja capaz de ir ao encontro de seus desejos, de seus sonhos e de suas utopias.

Sou uma grande apaixonada pelo que faço e muito disto devo a Paulo Freire que me mostrou a beleza de nossa profissão e a força que temos nas mãos para mudança!

TCC - ENVOLVIMENTO TOTAL ...

Tenho tido dificuldades em postar no blog durante esta fase final do curso. O TCC tem nos tomado todo o tempo, e pará-lo e voltar a antigas interdisciplinas, muitas vezes, "quebra" a sintonia que estamos tendo com a escrita como um todo.

Confesso que sinto-me um tanto "obrigada" a postar algo, mesmo que não tenha muita qualidade ou coerência com a proposta.

Queria ter mais tempo para aproveitar este espaço e colocar mais e melhores reflexões... Que possam demonstrar a riqueza de minhas múltiplas aprendizagens no PEAD.

A reta final está sendo muuuuito difícil!!!

Mas vamos em frente, sentiremos saudades quando tudo isto terminar!!!

O PRAZER DE APRENDER !

Na interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos, mais precisamente no texto de Marta Kohl de Oliveira, “Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem”, a autora nos convida a pensar sobre a necessidade do educador compreender o perfil de sua turma, seus desejos, expectativas, seus interesses, para assim proporcionar momentos reais de interações e de aprendizagens que sejam significativas para estes sujeitos.

Este conhecer ao qual a autora se refere, não deve ser atrelado apenas aos alunos da EJA, pois este desejo em aprender, um ambiente acolhedor e motivador de aprendizagens devem, a meu ver, ser um requisito fundamental para todo e qualquer espaço escolar... É certo que a escola, ao longo do tempo, não se preparou para receber adultos, está voltada mais especificamente para o universo infantil, mas deve sem sombra de dúvida preparar-se para receber a todos, devendo ir ao encontro de uma proposta de currículo e a uma escola diferenciada, que venha a atender as exigências destas demandas, numa perspectiva de visibilidade a todos!

Vimos que através de Paulo Freire surgiu um novo olhar para a alfabetização de jovens e adultos, mas entendo que não apenas para esta modalidade de ensino, mas para a educação como um todo. Freire trouxe a tona a necessidade de inovar, de desenvolver práticas pedagógicas capazes de atrair, de motivar, de impulsionar para aprendizagens significativas e para o exercício da reflexão dos educandos. E foi nesta perspectiva de um fazer novo que retratei em meu TCC uma vivência de inovação tecnológica, que foi capaz de mudar uma vida e uma escola.

EMPODERAMENTO



No eixo 7 reencontrei o texto de Giroux, que coloca que “Alfabetização e a pedagogia do empowerment político”, destacando a necessidade de que educadores entendam a politização da alfabetização como prática que se contrapõe à forças ideológicas de dominação. Desta forma a alfabetização deve ser vista como a construção de uma sociedade que carrega em si a bagagem histórica dos sujeitos, por tanto, deve ter em sua estrutura um projeto com princípios éticos e políticos capazes de favorecer o pensamento crítico, a autonomia e à liberdade do homem. Com isto, a alfabetização deve ser encarada como um instrumento de transformação social onde os diferentes sujeitos, independente de suas classes sociais, são peças chaves na busca de uma emancipação social e cultural.

Ao reler o texto, encontro eco nas palavras de Giroux quando penso nas questões da inclusão de tecnologias na escola pública, foco central de meu TCC. O analfabetismo digital também é uma questão ideológica. Pois, que interesses políticos teriam nossos governantes para que toda a sociedade tivessem acesso as tecnologias, e com isto acesso a toda espécie de conhecimento? Será que isto não significaria “emponderamento”?

Claro que sim... As tecnologias são instrumentos capazes de aproximar distâncias, democratizar informações, e gerar conhecimentos, e numa sociedade capitalista, conhecimento É PODER!!!!

Para contrapor esta ideologia Moran (2007) nos aponta que: “A sociedade precisa ter como projeto político a procura de formas de diminuir a distância que separa os que podem e os que não podem pagar pelo acesso a informação. As escolas públicas e as comunidades carentes precisam ter este acesso garantido para não ficarem condenadas a segregação definitiva, ao analfabetismo tecnológico, ao ensino de quinta classe. (MORAN, 2007, p. 51)

Com isto, nós educadores e a escola pública, temos um grande desafio pela frente, buscar a inclusão digital daqueles que historicamente estão fadados a exclusão! Os mais pobres!!!