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PROJETO VENCEDOR!!!!


Nossa..... hoje tivemos uma surpresa e tanto...Nossa escola ganhou o 1º LUGAR no PROJETO VALORIZANDO A AGENDA 21 ESCOLAR, incentivado pela Empresa Souza Cruz!!!!!

Nosso projeto vencedor "O Nascimento de uma Agrofloresta Encantada no Mundo das Fadas", tem seu foco principal a sustentabilidade ambiental e a mudança de atitude como forma de tranformação da realidade.

O Prêmio promovido pela empresa Souza Cruz, é um projeto de repaginamento do pátio da escola, um livro sobre a Mata Atlântica e um kit ferramentas.

Toda nossa comunidade está comemorando este feito, pois este projeto é e foi construído por várias mãos.....
VALEU EMEI FADA MADRINHA!!!!!

*UM PROJETO SOBRE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL*

Durante todo este ano, coordenei na EMEI Fada Madrinha um projeto de Sustentabilidade Ambiental. Hoje vendo que já se passaram 8 meses vimos que foram momento de grandes aprendizagens para todo: alunos, pais, educadores, funcionários e comunidade.
Porque? Por que foi um Projeto construído por várias mãos, e que por isso está tendo uma ótima repercussão.... Também participamos com o mesmo no Concurso da AGENDA 21 ESCOLAR- Patrocinado pela Empresa Souza Cruz, e nos dias 3, 4, e 5 de dezembro, estaremos apresentando na Mostra Científica de trabalhos de Cachoeirinha.
O Projeto é:
"O NASCIMENTO DE UMA AGROFLORESTA ENCANTADA NO MUNDO DAS FADAS", e contou com a parceria de nossa comunidade, Secretaria do Meio Ambiente e SMED.

Este projeto mostra claramente as várias possibilidades de trabalharmos um tema tão atual, premente e complexo,que é a SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, com crianças bem pequenas, e os resultados são surpreendentes.



CONHEÇA O PRJETO:

INTRODUÇÃO:

A EMEI Fada Madrinha, situa-se no Bairro Jardim Betânia, e atende atualmente 110 alunos na faixa etária de 1 ano e meio a 5 anos e meio, oriundo de famílias de baixa renda.
A Escola tem em sua proposta pedagógica o compromisso de trabalhar sua comunidade escolar para uma educação ambiental, dentro dos princípios da cidadania e da sustentabilidade ambiental. Com isto, desde 2007 vem desenvolvendo projetos voltados para despertar a consciência de todos, de que precisamos preservar o meio ambiente se quisermos ter vida futura. Mas mais do que difundir informações, este projeto visa sensibilizar e despertar a consciência daqueles que acreditam que apenas grandes ações resolverão os problemas gerados pelo homem na natureza, em nome do progresso.
Em 2007, a Escola estabeleceu parceria com a SMMA; realizou oficinas para os profissionais da Escola (sabão artesanal e papel reciclado); aderiu ao grupo de trabalho sobre a implantação da Agenda 21 no bairro – Parceria com SMMA, Horto Florestal e EMEF Alzira.
Em 2008, a Escola implementou uma nova metodologia, o Tema Gerador, onde foi elencado, como o principal eixo a ser trabalhado, a participação, tendo como tema Transversal, o lixo, com o projeto: “Quem respeita o ambiente faz um Planeta diferente”.
Este ano a EMEI Fada Madrinha, se propôs a mais uma vez encarar o desafio de mudar atitudes e posturas dentro de preceitos da sustentabilidade ambiental, por entender que se faz necessário trabalhar desde muito cedo as crianças, para que se formem sujeitos sensíveis e conscientes de sua participação no processo transformador da realidade de degradação que vivemos. Dentro disto, a Escola deve assumir o papel de pólo dentro de uma cultura de preservação e respeito à natureza, e com isto desenvolver ações na defesa da qualidade de vida e na criação de uma nova consciência, dentro de uma perspectiva de sustentabilidade ambiental, onde a educação para a cidadania dê sustentação aos pilares sociais.
A partir de então foi estabelecido um compromisso coletivo, junto à comunidade escolar, de trabalhar questões ambientais, definindo a participação e a sustentabilidade ambiental como focos principais do planejamento escolar, envolvendo todas as turmas, os setores e as famílias.
Na perspectiva de repensar o espaço escolar nasceu o Projeto: “O Nascimento de uma Agrofloresta Encantada no Mundo das Fadas”.


OBJETIVO:

Desenvolver ações, no seio de toda a comunidade escolar, que viabilizem a construção de uma consciência de preservação ambiental, bem como, a mudança de atitude frente ao meio ambiente, e que esteja voltada para a construção de valores de preservação, racionalidade e sustentabilidade.



DURAÇÃO:

Implantação: abril de 2009
Manutenção: nos próximos anos...



COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA:

VICE-DIRETORA: Neila Maria Rodrigues Goulart
ARTICULADORA: Mariléia Duarte Viscardi

PÚBLICO ALVO:
• Turmas: Berçário 2; Maternal 1; Maternal 2; P1; P2 manhã e tarde;
• Educadoras
• Funcionárias;
• Equipe administrativa-pedagógica;
• Pais;
• Conselho Escolar.



PARCERIAS:

• Horto Florestal;
• Secretaria Municipal de Educação;
• Secretaria de Serviços Urbanos;
• Empresa Souza Cruz.



PLANEJAMENTO COLETIVO:

Os trabalhos iniciaram-se a partir da formação de março, onde o grupo de educadores e funcionários da escola trouxeram as suas propostas para serem desenvolvidos ao longo do ano de 2009. Em grupo, escolheram quais os temas transversais seriam abordados, juntamente com o tema gerador (participação). Nesta ocasião foi decidido que passaríamos a abordar o tema “sustentabilidade ambiental”, já que a escola tradicionalmente prioriza temas que favoreçam a conscientização da preservação do meio ambiente. Optou-se pela proposta de trabalhar na criação de uma agrofloresta, utilizando para isto o ambiente da escola, onde pudéssemos em conjunto transformar o entorno da escola dentro de uma perspectiva de sustentabilidade ambiental.
Foi realizado reuniões de planejamento, por turmas e setores, para que cada educadora e funcionária com suas paralelas, pudessem discutir e elaborar estratégias de trabalho, abordando diferentes aspectos dentro de uma proposta de rearborização da escola.


RELATÓRIO DE VISITA AO HORTO FLORESTAL:

O grupo de trabalho escolheu o Horto Florestal para visitar, por localizar-se próximo à escola, e por entender que precisamos valorizar os espaços de preservação de nossa comunidade.
A visita iniciou com uma pequena palestra dos profissionais do Horto, onde apresentaram sua proposta de trabalho, serviços prestados e sua importância para a preservação ambiental de nossa região.
Após fizemos uma trilha onde tivemos acesso a espécies nativas da região, as plantas medicinais, a composteira, as sementeiras, a horta, ao lago, auditório, enfim, a toda a beleza natural que nos sensibilizou para o início de nosso trabalho. Durante toda a caminhada pudemos perceber a expressão de deslumbramento deste grupo, em particular, dos pais dos alunos, que são moradores do bairro, e que não tinham conhecimento do trabalho realizado pelo Horto, e da riqueza das espécies ali cultivadas.
Nesta visita, o grupo conheceu várias espécies e tipos de plantas que poderiam ser utilizadas na nossa Agrofloresta; e com o auxílio dos técnicos do Horto, fomos adquirindo conhecimentos sobre a diversidade das plantas que se adaptam a diferentes espaços, bem como, seu tamanho, condições de cultivo e preservação. Foram analisadas quais as melhores espécies para serem cultivadas, em função da posição solar, das necessidades da escola e dentro do conceito de responsabilidade ambiental.
Houve uma riqueza de sugestões e idéias a serem implementadas no projeto, das quais destacamos a seguir:
• Horta em formato de mandala;
• Espiral de temperos;
• Canteiro de chás;
• Caramanchão de flores no toldo;
• Canteiros de flores no entorno dos muros;
• Plantio de árvores frutíferas silvestres;
• Composteira.

O grupo de trabalho propôs que todas as turmas e os setores da escola realizassem visitas ao Horto para que fossem sensibilizados para o trabalho.
Em anexo, Cd com imagens das visitas ao Horto Florestal.


DEFINIÇÃO DAS METAS:

Foram elencadas 10 metas, todas elas ambientais que envolvem o coletivo da Comunidade Escolar, e que seguem no anexo deste documento.

O resultado das visitas originou numa divisão de tarefas, onde cada um, apesar de estar responsável por alguma ação, estava engajado no todo do projeto. Ficando estruturado da seguinte forma:

Berçário 2: Parreira de maracujás, nas telas;
Maternal 1: Horta de temperos – espiral;
Maternal 2: Jardim de flores na frente da escola;
P1: Horta em mandala;
P2: Canteiro de chás – espiral;
Secretaria e portaria: canteiro de flores e árvores no meio da avenida;
Equipe diretiva: Arborização na calçada ao lado da escola-plantio de árvores;
Setor de limpeza: Arborização dos espaços nos fundos da escola;
Setor da cozinha: Composteira.


RELATÓRIO DA VISITA AO PARQUE ECOLÓGICO SOUZA CRUZ

No dia 8 de maio o grupo de trabalho da Agenda 21, realizou a visita ao Parque Ecológico da Souza Cruz.
As crianças e os adultos puderam ver como se dá a preservação de uma área e o respeito à natureza. Principalmente através da revitalização de uma área, onde antes era apenas um banhado e que com o cuidado, hoje se transformou em um espaço de visitação e preservação, que conta com uma flora e fauna típica da região, constituindo-se em um ambiente de refúgio para diversas espécies.
Foi realizada a trilha da Casa Açoriana, onde conhecemos algumas espécies de árvores nativas; o pomar; as figueiras que foram transplantadas; a horta; o jardim sensorial e por fim, terminamos nossa caminhada com um delicioso lanche, regado a sanduíche natural e suco de uva.
Nesta atividade foi possível ter novas idéias que viessem a enriquecer o projeto da Agrofloresta, como, o lago artificial, o bromelário, as plantas exóticas e o jardim sensorial.


RELATÓRIO DA VISITA A E.E. NEUSA MARI PACHECO

No dia 12 de maio foi realizada a visita a Escola Neusa Mari Pacheco, em Canela. Lá pudemos ver como pequenas ações se transformam em grandes obras. Onde o planejamento da escola tem em seu núcleo a preservação ambiental, como sustentação e o norte das aprendizagens.
A Escola é de turno integral, e atualmente conta com um total de aproximadamente 1.300 alunos. Possui uma infra-estrutura maravilhosa, conquistada pela união e determinação de sua Comunidade Escolar.
Foi uma aula de gestão escolar e de unidade do grupo de educadores, com pais e alunos.


RELATÓRIO DO FÓRUM –AGENDA 21 ESCOLAR:

No dia 03 de junho às 15h, foi realizado na EMEI FADA MADRINHA, o fórum da AGENDA 21 ESCOLAR. Neste evento aberto a comunidade, contamos inicialmente com o momento de sensibilização, a Palestra sobre “Sustentabilidade Ambiental, com o Profº João Paulo Scaramussa. Foi um momento capaz de despertar sentimentos de conscientização, verbalizados através das seguintes frases: ”A preservação diz tudo, de um todo.” “Começa por ai, é algo de conscientização”;” Hoje eu me conscientizei”;” Vale a pena fazer tudo isto”;” Não quero deixar lixo para meus netos”;” É reflexão e ação”;” É qualidade de vida “...
Na segunda parte do Fórum, foi apresentada a caminhada da escola, desde o ano de 2007, dentro das questões ambientais.
 Desde 2007 estabelecendo parceria com a SMMA;
 Realização de oficinas para os profissionais da Escola;
 Formação de grupo de trabalho sobre a implantação da Agenda 21 no bairro – Parceria com SMMA, Horto Florestal e EMEF Alzira.

Em 2008:
 Implantação do Tema Gerador – PARTICIPAÇÃO
 Tema Transversal – Lixo – Projeto: “Quem respeita o ambiente faz um Planeta diferente”.
 Oficinas de sabão e papel reciclado
 Participação no Projeto Rota das Águas
 Festas temáticas;
 Mostra de Trabalhos: Ecologia Profunda;
 Participação no Projeto Tribos – Na trilha do meio ambiente;

Em 2009:
 Compromisso coletivo de trabalhar questões ambientais;
 Definição do foco: Sustentabilidade Ambiental;
 Adesão ao Projeto Valorizar – Valorizando a Agenda 21 Escolar;
 Parcerias: Horto Florestal; SMED-Setor Administrativo; SMSU; SOUZA CRUZ; Conselho Escolar e Comunidade.

Na terceira parte, foram lançadas algumas reflexões, a partir do repensar o espaço escolar, tais como:

 Temos espaços disponíveis na escola?
 Os usamos com responsabilidade?
 O que fazemos com o lixo que produzimos na cozinha e refeitório (cascas, folhas, restos...)?
 O que fazemos hoje tem conseqüências para o futuro?

Foi proposto o questionamento, o que fazer?
Mudar... E construir o planeta que queremos deixar para nossos filhos!
Planejar o futuro... estabelecendo parcerias

 Apresentação do Projeto: “O Nascimento de uma Floresta Encantada no Mundo das Fadas”.
Questões deixadas para reflexão:
 Porque pensar em preservação?
 O que eu posso fazer de concreto?
 O que eu for fazer vai adiantar?
 O que a Escola está buscando com este trabalho?
 Vale a pena?
 Onde queremos chegar

Nosso objetivo principal é de que tudo o que foi trabalhado e construído dentro da escola, seja multiplicado e levado para a casa de cada um, repensando o seu espaço, transformando suas vidas dentro de uma perspectiva de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.
Em anexo Cd power point do Fórum.



RELATÓRIO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS:

Este projeto foi iniciado, primeiramente pela sensibilização do grupo de trabalhadores da escola, a partir da conscientização do repensar o espaço escolar. A proposta, então, passou a ser de transformar o entorno da escola, em um modelo de possibilidade de mudança de atitude, de respeito e de sustentabilidade ambiental.
O trabalho começou através de um estudo, junto aos técnicos do Horto Florestal, de adequação de espécies de plantas para a realização de uma agrofloresta, no ambiente escolar. Cada turma e setor da escola assumiram a responsabilidade por uma área, o cumprimento de suas metas e a manutenção das mesmas.
O berçário, responsável, pelas parreiras de maracujás, organizou seu planejamento, iniciando pelo reconhecimento da fruta, sua utilidade, degustação do suco. De suas sementes foram geradas mudas, as quais, algumas foram transplantadas para o local onde iriam construir suas parreiras, e outras presenteadas às mães, para serem cultivadas em suas casas. Foram desenvolvidas várias atividades a partir do maracujá, como a criação de hora do conto com o personagem Jajá, o maracujá; confecção de livro de receitas enviadas pelos pais, com a fruta; preparação e degustação de outras formas de utilização da fruta. Também construíram um berçário de sementes de flores, que estão sendo transplantadas para o jardim.


O maternal 1, ficou responsável pela espiral de temperos. Em função disto, confeccionaram floreiras com diferentes sementes de temperos que seriam transplantadas para a espiral. Em virtude das constantes chuvas, da pandemia da gripe A, o processo de construção da estrutura da espiral e o plantio das mudas, foi realizado sem a presença das crianças da turma, e com o auxílio dos técnicos do Horto Florestal. Ficando a cargo das crianças a manutenção, como a rega, os cuidados e posteriormente a colheita, que foram direcionados a alimentação escolar. Foram realizadas outras atividades para o conhecimento das diferentes espécies de temperos e vegetais, tais como: fantoches; jogos de encaixe; jogos de memória.

Ao maternal 2 coube a ornamentação de nosso jardim na entrada da escola. Que começou pela revitalização do solo, que se encontrava sem nutrientes, sem vida. Foi preparado com húmus e folhas secas. O que rapidamente foi percebido sua mudança. O próximo passo foi escolher as plantas adequadas para adaptar-se ao sol e a sombra. Após foi realizado o plantio, pelas crianças, ficando estas responsáveis pelo cuidado e manutenção de sua planta. Também confeccionaram placas com objetivo de conscientizar as pessoas para cuidar e preservar o jardim, bem como, de bebedouros e casinhas para pássaros com caixas de leite e bambonas de água mineral. Todas estas ações tinham o objetivo de criar um ambiente atrativo para os pássaros e insetos, tornando o ambiente escolar um espaço agradável e bonito de se estar.

A turma do P1 direcionou seu trabalho para a construção de uma horta, onde antes era um espaço abandonado no pátio da escola. Foi um trabalho árduo que exigiu uma re-estruturação total do local. Foi capinado o solo, revirado a terra, colocado substrato (terra vermelha, húmus, esterco de vaca seco), e por fim, delimitado o layout da horta. As crianças participaram de todo o processo, desde a colocação de água dentro das garrafas; a pintura delas; a arrumação no entorno dos canteiros; do plantio das mudas, e consequentemente, da colheita. A partir de então estes vegetais estão sendo consumidos na escola, e o excedente está sendo enviado para as famílias dos alunos.

Couberam as turmas de P2, manhã e tarde, a tarefa de reativar o antigo canteiro e criar um novo espaço para cultivo de chás. As espécies foram cuidadosamente selecionadas para que correspondessem ao objetivo da turma, que era o de ter uma diversidade de ervas que fossem indicadas para o auxílio no tratamento de doenças comuns (do conhecimento das crianças). Assim como a horta, foi necessário a preparação dos canteiros, e o preparo das garrafas. Depois desta etapa, as crianças plantaram mudas vindas do Horto Florestal e de suas casas. Desta forma foram cultivadas espécies como: confrei, capim cidró, funcho, pariparoba, guaco, alecrim, entre outras. Este projeto contou com vários momentos de degustação de chás acompanhados de bolos. O que tem surtido efeito em casa, pois do relato de algumas mães vemos que as crianças estão pedindo para tomar chás em casa, mesmo quando não estão doentes, mudando sua cultura de aversão aos mesmos.


Quanto aos demais setores da escola, no mês de agosto, foi realizado pela direção da escola, a preparação das covas para o plantio das mudas de jasmim cheiroso, que formará um caramanchão. Apesar dos cuidados, houve um ataque das formigas cortadeiras e quase que exterminaram as plantinhas. Embora todo este transtorno, os jasmins se recuperaram, e hoje já estão florescendo, apesar de pequenos ainda. Uma ação que foi realizada pela articuladora pedagógica, e não havia sido planejada anteriormente, foi a construção de um tri pé para o cultivo de feijões. Este espaço está situado ao lado da horta e chamam a atenção da comunidade por sua beleza, criatividade e viçosidade das plantas.

O setor da secretaria plantou seis árvores no canteiro em frente à escola, as espécies foram escolhidas pelos técnicos do Horto, com o cuidado de serem de médio porte, para não interferir nos fios de alta tensão. As mudas foram transplantadas e apesar de sofrerem alguns maus tratos por parte da comunidade local, cindo delas estão em bom estado.


Também foi realizado, na semana do meio ambiente, um concurso de frase mais original sobre a natureza. Os três primeiros ganhadores obtiveram como prêmio, o plantio de três mudas de árvores na calçada lateral da escola. Estes ficaram responsáveis pelo cuidado e manutenção de suas árvores. Das três mudas, uma foi arrancada duas vezes e transplantada.

O setor da limpeza encarregou-se dos canteiros laterais, nos fundos da escola. Lá foram plantadas folhagens de sombra, o que está modificando consideravelmente o visual do lugar. Este canteiro foi revitalizado e preparado cuidadosamente o solo. A parreira de chuchu que tinha sido planejada, não pode ser realizada, em função do ambiente ser muito sombrio.


A construção da tão sonhada composteira se deu no inicio do mês de abril, com uma reunião de formação com o setor da cozinha, a pessoa responsável pela portaria da escola, a direção e o Professor João Paulo, do Horto Florestal. Nesta ocasião foram passadas informações e tirado dúvidas quanto ao lixo orgânico que deveriam ser depositados na mesma e sensibilizado as funcionárias para a importância de seu trabalho na manutenção da agrofloresta. A construção da composteira foi realizada por um avô de uma aluna, que se dispôs em ajudar, tudo sob a orientação dos técnicos do Horto Florestal. Durante todo o processo de reciclagem do lixo, e aproveitamento do lixo orgânico, notou-se uma economia significativa no consumo de sacos de lixo em até 50%, uma vez que em média 15 kg de lixo orgânico diários, passaram a ir para a composteira, e não mais para o aterro sanitário. A primeira produção de húmus se deu já no mês de julho, onde foi destinada a horta e aos canteiros, notando-se uma grande revitalização das espécies.



QUADRO SÍNTESE DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

AÇÕES ENVOLVIDOS
1. Preparação e plantio das flores dos canteiros dos jardins;
2. ornamentação dos espaços dos jardins, com, bebedouros, casinhas de pássaros e comedouros. * Turma M2 e Horto Florestal
3. Confecção e manutenção de composteiras; *Setor da cozinha, portaria e Horto Florestal.
4. Plantio de jasmim cheiroso em construção do caramanchão; *Direção e Horto Florestal
5. Preparação, plantio e cultivo da Horta; * P1- alunos e educadoras, Horto Florestal e SMED.
6. Plantio de mudas de maracujás e transplante para o lugar definitivo construindo uma parreira; * B2- alunos e educadoras e Horto Florestal
7. Plantio de mudas de maracujás-parreira; * B2- alunos e educadoras e Horto Florestal
8. Sementeiras de garrafa pet- temperos *M1 – alunos e educadoras
9. Plantio de árvores na calçada; *Pais, alunos e Horto Florestal
10. Plantio de mudas em sementeiras para horta; *P1- alunos e educadoras
11. Plantio de parreira de chuchu; *setor da limpeza
12. Foi realizada visita ao Horto Florestal com as seguintes turmas: M1; M2; P1; P2 manhã e tarde; *Alunos, educadores, funcionários, pais e técnicos do Horto.

Durante todo este processo de construção da Agrofloresta, percebeu-se o ciclo da natureza que está presente na nossa vida. Desde a transformação do lixo orgânico, em substrato, para dar nova vida aos alimentos e as plantas.
Constatamos que através de pequenas ações e mudanças de atitudes, pudemos transformar o ambiente em que vivemos, e mais, servirmos de instrumento multiplicador desta proposta, uma vez que muitas destas ações foram desenvolvidas pelas famílias, na nossa comunidade.
Este projeto mais do que proporcionar a discussão do conceito de sustentabilidade com a comunidade escolar, demonstrou através da vivência como este se dá de fato, e como pode ser incluído em nossas vidas. Sua importância enquanto formação para uma educação ambiental será imensurável, pois não acaba aqui. Este projeto continuará sendo mantido e revitalizado por toda a comunidade escolar, uma vez que está garantida no Projeto Político Pedagógica de nossa escola a concepção de preservação ambiental como um eixo principal da formação de nossos alunos.

*PENSANDO UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS*



A luta pelo respeito à cultura surda é antiga, embora tenha evoluído nos últimos anos, vemos que historicamente o sujeito surdo é/foi discriminado e muitas vezes ignorados na sua diferença, uma vez que, durante muitos anos o oralismo predominou nas escolas de surdos, ocasionando, com isto uma visão equivocada da aprendizagem destes sujeitos; o que consequentemente serviu de fator de exclusão. Somando-se a isto, a presença de professores ouvintes na docência de alunos surdos não contribui de maneira global para o desenvolvimento das potencialidades destes alunos, já que para quem é ouvinte é difícil compreender na sua plenitude a cultura surda. Portanto, quando falamos em educação destas crianças, muitos fatores devem ser levados em conta; dentro disto, vale ressaltar que o inicio da escolarização de qualquer criança é um momento crucial, e mais ainda para as crianças surdas, por isso, é fundamental que esta iniciação se dê dentro de um espaço socializador, onde estas crianças estejam incluídas juntamente com outras crianças surdas e com professores surdos, de preferência, para que possam apropriar-se desde cedo da língua de sinais, construírem sua identidade surda e auto-imagem, de forma positiva. Isto tudo no intuito de trabalhar para que estes sujeitos não se reconheçam como deficientes, mas como sujeitos capazes que possuem uma particularidade apenas, de não ouvir, mas que não os impossibilita de estabelecer interações plenas e satisfatórias com o mundo.
Logo, entende-se que é preciso de fato rever as práticas estabelecidas até hoje para a educação de surdos, para que estes sejam incluídos em um ambiente próprio para o desenvolvimento de sua identidade e cultura, e para isto, entende-se que os professores que lidam diretamente com estes sujeitos, sejam preferencialmente surdos, pois desta forma, irão muito mais do que ser educadores, servirão de modelo e apoio, pois ambos possuem uma identidade surda, o que proporciona uma maior empatia e afinidade na relação professor-aluno. Esta sim seria a forma ideal de sua formação, do contrário o mínimo aceitável para que uma pessoa surda possa freqüentar uma escola regular é que esta se adéqüe e inclua a LIBRAS em seu currículo, e com isto ofereça a esses alunos os conteúdos através da língua de sinais. Para isto, faz-se necessário a figura do interprete em sala de aula (já que muitos professores não dominam a língua de sinais) ou de um professor especialista conhecedor desta língua, ou ainda, contar com a ajuda de um professor surdo, que venha a auxiliar o professor, uma vez que isto significa qualificar o trabalho, revelar uma postura inclusiva e dar sentido a frase tão usada, e tão pouco vivenciada que é a de garantir a acessibilidade de TODOS a uma educação de qualidade.

*CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL*


Esta semana ao ler um texto indicado na interdisciplina de linguagem e Educação, que tratava sobre as práticas de leitura, escrita e oralidade na educação infantil, sob o título de: Consciência Fonológica: o que é, para que serve e qual sua relação com o aprendizado da leitura e da escrita?, bem como um relato de uma professora, que o chamou de: Documentos de classe (CUQUERELLA, 1990) com crianças de 4 anos, causou-me estranheza, pois denota uma visão bem diferente do trabalho que realizamos na rede de ensino ao qual pertenço. Já que a ênfase que se dá, com crianças nesta faixa etária, é quanto a oralidade e não especificamente quanto a escrita.
Mas analisando o texto sobre consciência fonológica, se percebe clareamente que não existe um consenso sobre se esta vir antes ou depois da aquisição da escrita. Também podemos ver que algumas atividades favorecem muito o desenvolvimento da mesma, como a música, poesias, parlendas, entre outras. E a a professora Lílian Nascimento, fonoaudióloga e doutoranda em Educação pela Unicamp, vai mais além, ao dizer que “...mais do que cantar, ouvir ou recitar, é preciso chamar a atenção da criança para os sons das sílabas, rimas ou repetição de fonemas”.
Penso que seja ai que se estabelece o grande nó na educação infantil, pois hoje algumas Propostas Pedagógicas enfocam seu trabalho preferencialmente na parte oral, o que certemente é a bade para se entrar no mundo da escrita, pois entendem que nesta etapa o lúdico deve prevalecer, e os planejamentos devem conter atividades que visem o letramento, sem fixar-se na alfabetização propriamente dita, já que terão um logo caminho ainda a trilhar no Ensino Fundamental. Entretanto outras, desenvolvem um trabalho bem pontual dentro de uma linha de alfabetização.
O segundo texto, fala de práticas de leitura e oralidade, com crianças de 4 anos. Este, como já havia mencionado, nos tras uma perspectiva diferente da habitualmente trabalhada na educação infantil, na rede de ensino a qual faço parte. Confeço que me surpreendi quanto ao planejamento ousado realizado pela professora para a faixa etária, mas ao mesmo tempo achei muito interessante as proposições realizadas e seus resultados. É possível perceber o enfoque que é dado para a aprendizagem da lingua escrita a partir das diferentes atividades, escrita a partir de imagens, de textos, cartão postal, etc. Todas elas, absolutamente desafiadoras para as crianças, buscando despertar o interesse pela apren¬dizagem da língua escrita.
Assim, é possivel perceber a existência de diferentes pressupostos quanto a questão da alfabetização na Educação Infantil.
A meu ver é de suma importância familiarizar a crianças com o mundo das letras e dos textos, uma vez que muitas crianças dependem do espaço escolar para terem contato com a escrita, já que seu ambiente familiar é pobre destes recursos. Para isto, utiliza-se brincadeiras com o som das palavras, o reconhecimento de semelhanças e diferenças, o manuseio de diferentes portadores de textos, sendo o papel do professor importantíssimo, pois em alguns momentos este servirá de locutor e em outros, de escriba, ou seja, lendo e escrevendo as produções das crianças. Mas contudo, penso que devemos ter cuidado para não adentrar demasiado neste terreno, pois devemos respeitar primeiramente o interesse das crianças, e não deixar o lúdico em segundo plano, e com isto deixar de lado todo um trabalho que visa o desenvolvimento integral da criança e a construção da autonomia infantil, o que penso ser um pressuposto básico para que esta venha a passar por todos os outros níveis de ensino, não só a educação básica, como um sujeito consciente de sua cidadania e responsável por sua ação no mundo.