Neila Goulart - Portfólio de aprendizagens

Refletir sobre a importância do PPP e do Regimento da escola, para muito pode ser uma conversa chata. Mas estes dois instrumentos são indispensáveis para que possamos caminhar para transformar a escola em um espaço democrático.

O PPP por sua vez, é um instrumento que está incrustado os caminhos teóricos e práticos que a escola deverá trilhar, de que forma se dará sua gestão, seus valores a seguir, enfim, deve refletir seu presente e suas utopias, o que faz hoje, mas deve deixar explícito o que desejará fazer no futuro.
Assim é no PPP que encontramos a BÚSSOLA da escola, sua IDENTIDADE, sua TRAJETÓRIA e por dever ser legitimamente construída pela comunidade escolar, representa seu PACTO DE COMPROMISSO.
A partir do PPP, surge a figura do Regimento Escolar, que vem para referendá-lo de maneira formal, pois tem função de disciplinar e normatizar o fazer da escola, e deve ser construído coletivamente para que tenha valor e sentido dentro de uma escola que busca viver a gestão democrática. Esta é a escola que queremos construir, que dê vez e voz a todos os atores que lutam por uma educação libertadora.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.... Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo.A escola em que se pensa, em que se cria, em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim a vida" (Paulo Freire)

Durante os estudos realizados na interdisciplina de organização e gestão da Educação, pude relembrar meus tempos de conselheira do Conselho de Alimentação Escolar do Município onde moro.
Pude refletir mais aprofundadamente a importância da figura do CAE para a sociedade, pois senti muito de perto sua responsabilidade e atuação quando fui membro, representante do segmento professores, há uns quatro anos atrás, durante dois mandatos, e pude perceber seu papel decisivo na qualidade da alimentação escolar em meu município.
Quando estamos na escola vemos apenas uma parte da questão alimentação, a quantidade, a qualidade, a aceitação pelos alunos, e muitas vezes, passamos a criticá-la, pois desconhecemos alguns aspectos de como cada cidadão pode contribuir para uma alimentação digna na escola para as crianças e jovens. Todos nós temos a responsabilidade de denunciar qualquer irregularidade com relação a alimentação escolar, pois temos representantes no CAE que estão lá para ouvir a sociedade como um todo. Ao fazer parte deste colegiado, por exemplo, percebia que muitas escolas não tinham o conhecimento da qualidade da qual os alimentos eram adquiridos, e por isso, recebiam em suas escolas alimentos de péssima qualidade. Apesar de toda a insistência do conselho em divulgar e pedir para que recebessem apenas produtos de primeira qualidade, já que foram assim os produtos comprados e pagos; muitas pessoas acabavam não exercendo sua função de também fiscalizar estes alimentos, e por isso, muitas vezes o dinheiro público foi/é empregado de maneira inadequada.
Toda esta vivência que tive no CAE, serviu-me para um grande aprendizado quanto a aplicação e fiscalização da aplicação do dinheiro público. Mas sobre tudo, pude sentir-me participante nas decisões referentes a alimentação escolar em minha cidade, o que foi uma experiência muito importante. Pois acredito que devemos deixar a postura apenas da crítica, mas de fato participar, e com isto fazer parte da mudança tão necessária desta sociedade tão sem ética, desumana e excludente.

No meu entendimento a idade adulta apresenta duas características básicas: a independência, não só financeira, mas de idéias e concepções, bem como a maturidade a qual tomamos como meta. Ser adulto, pressupõe saber discernir entre valores, saber diferenciar o que “serve” ou não dentro de seus padrões sócio-culturais de vida. Mas é através de suas experiências, que vai acumulando aprendizados, entendendo que para chegar onde almeja precisa aprender. Sabe que para fazer boas escolhas precisa ter o conhecimento dos fatos, das pessoas, das variáveis, enfim, saber o máximo, para então decidir, escolher, criticar, para então colocar em prática. Por isso o aprendizado do sujeito adulto se potencializa de uma forma essencialmente prática, ao que pode ser visto e empregado no momento. Assim podemos dizer que o adulto apresenta em seu aprendizado características próprias: é mais autônomo; sabe o que quer aprender; em função de sua bagagem de experiências vividas utiliza-as a favor de seu aprendizado; seu interesse volta-se para seu desenvolvimento profissional, e sobre tudo, sua motivação vai além das notas que serão obtidas, mas de um real aprendizado, tendo sua satisfação voltada para suas conquistas. Portanto, quando falamos de aprendizagem de adultos, temos que levar em conta vários fatores, como: seus interesses, suas histórias de vida, seu tempo, seu lugar e principalmente seu ritmo. Este cuidado é fundamental, uma vez que, quando nos deparamos com estes alunos em sala de aula, é porque estamos lidando com sujeitos que por diferentes razões foram, na sua maioria, excluídos da escola e que trazem em sua bagagem marcas do fracasso ou da exclusão escolar.
Em suma, ser adulto vai além da idade cronológica, ou de suas vivências, mas da maneira como se relaciona com o mundo, como se compromete e se responsabiliza por suas escolhas.

Quando li este termo " Conceitos estruturantes", na interdisciplina de Organização e Gestão na Educação, logo me veio a mente. Estruturar o quê?
Ao ler o texto Políticas Públicas e Gestão da Educação , de Vera Maria Vidal Peroni, entendi o porquê do termo ESTRUTURANTE.
É que a partir do entendimento de tais conceitos, como: democracia, política, políticas públicas, políticas educacionais, globalização, participação, entre outros, passamos a entender o encadeamento dos acontecimentos no que tange as relações do Estado com a sociedade. Foi uma leitura interessante e esclarecedora, uma vez que para muitos destes conceitos tinha uma visão superficial e até ingênua.

Um exemplo disto foi em relação ao aprendizado sobre:

DEMOCRACIA:
Aprendi que no sistema capitalista a própria democracia apresenta características de desigualdades, pois segundo as idéias de Wood, o próprio capitalismo é quem minimiza a igualdade de direitos políticos e ressalta as diferenças de poder e dominação de uma esfera da população sobre a outra. Como estas idéias estão tão arraigadas em nós, pois passamos a acreditar nos benefícios do tal sistema, elas passam a ter um caráter natural, onde interesses das classes populares aparentemente passam a ter semelhanças com a daqueles que dominam o sistema econômico e político. Desta forma parece haver uma aparente hegemonia quanto as necessidades destes diferentes segmentos da sociedade, uma vez que se “vende” a idéia de que é para o bem da população em geral. Mas o que vemos mesmo, em nosso país, são os estabelecimentos de pactos que beneficiam apenas a manutenção de que se perpetua no poder, pois do contrário algumas poucas mudanças /reivindicações ocorridas até então, se deram por legítima pressão social contra o Estado.

Entender tais ligações é fundamental para que não sejamos envolvidos em aparentes benefícios e estejamos conscientes das reais intenções que encobrem o discurso democrata de alguns candidatos.
A hora é agora de escolher quem irá nos representar!!!!!
Mas antes vamos pensar, de que lado ele esta?

ATIVIDADE 2

TABELA: ROTINA X TEMPO

Esta semana realizei uma atividade da Interdisciplina de TIC’s que exigiu mais uma vez ultrapassar meus limites...

Era preciso fazer uma análise de um software educacional !

Software educacional, com certeza algo bem distante de minha realidade.

Passado o pânico, comecei a realizar as leituras indicadas pela professora e a “viajar” pelos links disponíveis no material da interdisciplina.

Foi uma viagem e tanto!!!

Comecei a ver que quando não temos muito conhecimento do assunto, passamos a não ter noção de fazer uma análise mais criteriosa do material.

No princípio achei tudo muito bom. Era tudo novo !

Após as leituras vi que precisamos aprender a avaliar os diferentes tipos de softwares, disponíveis no mercado, para que possamos usa-lo dentro de uma proposta pedagógica que valorize o pensamento crítico, a autonomia, onde o aluno possa realmente,construir seu conhecimento. Para isto nós professores precisamos conhecer bem este instrumento e estar atentos na utilização desses softwares, não usa-los indiscriminadamente, pois isto seria apenas com o objetivo de entretenimento, mas que tenha um foco, que seja utilizado como ferramenta no processo ensino aprendizagem, favorecendo a formação de um indivíduo ativo, capaz de pensar e agir criticamente e que esteja a serviço da construção do seu conhecimento.

Realizar esta atividade foi de fato difícil, pois não tinha conhecimento sobre o assunto. Mas esta atividade teve um papel muito importante, pois se realmente quero me qualificar enquanto professor, tenho que me atualizar e lançar mão de novas estratégias e ferramentas para diferenciar meu trabalho, e nessa diferenciação o emprego de novas tecnologias se faz indispensável.

Então vamos a luta, e buscar conhecer mais a infinidade de informações acerca de softwares educativos e desenvolver uma visão crítica dos mesmos, para que assim possa utiliza-los de forma adequada.

Outro dia para realizar uma atividade de matemática, pude matar a saudades de estar mais perto dos alunos.

Confeccionei um jogo que permitia trabalhar com conceitos como adição e subtração, e fui aplicar com uma turminha de Pré A2, da EMEI Fada Madrinha.

O jogo era: Comprando barrinhas de chocolate.

LINK DO JOGO - (NÚMEROS E OPERAÇÕES - ATIVIDADE 2)

Foi extremamente divertido e interessante, pois os alunos sentiram-se desafiados, pois tinham que dar respostas onde exigia organizar estratégias para responder, levantar hipóteses sobre as operações matemáticas que foram envolvidas no jogo.

Além dos alunos ficarem motivados com a brincadeira, também a professora de sua turma mostrou-se animada com o desempenho de seus alunos. Pode perceber que alguns precisam ser mais trabalhados e principalmente, decidiu propor mais jogos matemáticos com sua turma, e com isto de uma forma lúdica, auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico, tão importante para sua vida escolar.

A partir desta atividade, pude socializar alguns materiais utilizados na interdisciplina de matemática e mais do que isto, pude despertar na educadora a real importância de trabalharmos com as diferentes linguagens, sendo que dentre elas está a matemática.

Ao analisar como realizamos nosso trabalho na educaçaão infantil, percebemos que voltamos nossas ações para atividades que envolvam principalmente o desenvolvimento da linguagem oral e gráfica.

Então, onde entra a MaTeMáTicA na educação infantil ? Ela não é importante?

É importante, e muito...

É nesta fase que podemos auxiliar as crianças na criação de estratégias, a organizá-las, e por tanto, favorecer a aquisição de conhecimentos matemáticos.

E onde vemos os conhecimentos MaTeMáTiCoS em nossa vida, na prática?

Creio que esta citação explica tudo:

“Fazer matemática é expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas, entre outras coisas.” (RCNEI, 1998, p.207)

Assim, trabalhar MaTeMáTiCa na educação infantil é fundamental, pois desta forma, estaremos ajudando na formação das crianças para tornarem-se seres autônomos, capazes de ter idéias próprias e ter iniciativa e criatividade na resolução de problemas do dia à dia.

Esta é a MaTeMáTiCa em nossa vida!!!!

Parar e refletir sobre como os número estão presentes em nossas vidas foi uma tarefa muito interessante...

Você já parou para ver?

Então, vamos pensar juntos...

Os números estão presentes em nossas vidas desde quando nascemos....Em todos os lugares, espaços e momentos. Quando nos referimos a nossa identidade como pessoa: nossa idade, peso, altura, data de nascimento, o número da C.I. do CPF, da Carteira de trabalho....Quanto pensamos em nosso convívio social e profissional, lembramos dos números de telefones, endereços, o ônibus que pegamos para nos deslocar, a placa do carro, o número do cadastro em nosso trabalho...Não esquecendo do tic-tac do relógio que nos lembra a todo momento do Tempo!!!! Também não podemos deixar de contar o número que vem representado nas moedas e cédulas de dinheiro (quanto maiores...melhor!)

Assim, podemos concluir que usamos os números para nos comunicar, nos localizar, nos identificar, nos relacionar, nos sintonizar, enfim, os números fazem parte de nossas vidas e são com todos estes números que vivemos em constante relação, sem que muitas vezes nos demos conta de sua presença tão incisiva e que nos remete a um mundo lógico, capaz de nos dar, muitas vezes, a certeza matemática do tempo, do espaço, do lugar e até mesmo de quem somos!

Desculpe a ausência!
Estive ausente do Blog, por 2 motivos: Primeiro por problemas técnicos, minha internet estava terrível... Depois por estar priorizando as atividades do PEAD. Quando vou escrever algo para colocar no Blog, gosto de pensar, de refletir e por fim compartilhar....
Tal como a Fênix, ressurgi !
Então agora vamos lá, recuperar o tempo perdido... AO TRABALHO !!!

Aqui neste link (abaixo) coloquei algumas reflexões sobre minha apresentação da Síntese de minhas aprendizagens no PEAD no 2º semestre de 2007.
Vale a pena ver !!!!

APRESENTAÇÃO SÍNTESE

Após visitar os Blogs de alguns colegas, e não foi nada fácil, pois não achava as linhas do tempo para conseguir comentar (muitos ainda não haviam postado); pude ver que muitos, como eu, tiveram certa dificuldade em realizar esta tarefa. Dominar as ferramentas da informática e ainda o inglês era D+ para mim. Assim recorrer ao tutorial, deu-me a possibilidade de aprender, de entender como deveria fazer.

Depois de tudo (pânico) gostei do que fiz, foi mais um desafio vencido.

Ler sobre o início da utilização de computadores na educação, sua trajetória , me fez ver que passaram-se mais de 30 anos e apenas hoje é que começamos a ver, ainda em algumas(poucas) escolas, o uso de computadores em prol da aprendizagens dos alunos. Esperamos que não seja necessário mais 30 anos para que de fato o acesso às tecnologias na educação seja uma realidade e não uma utopia.

Na interdisciplina de TIC's tivemos que fazer uma linha do tempo, na INTERNET, com dados referentes a História da Informática Educativa do Brasil, baseada no texto de Maria Cândida Moraes.

Esta atividade exigiu muita dedicação e esforço, pois tínhamos que além de relacionar os fatos tanto da história quanto de nossas vidas, deveríamos colocar numa linha do tempo, na Internet. E mais, era tudo escrito em inglês!!!

Foi de fato difícil, mas sobretudo interessante, ou melhor, desafiador, pois mais uma vez buscamos a superação de nossos limites e nos apropriando de novos conhecimentos e de novas tecnologias; tudo isto vem a enriquecer nossa prática pedagógica e nossas vidas.

Depois de muuuito tentar, deu tudo certo.
Aqui vai um link para compartilhar com todos estes fatos que marcaram a educação, e também a minha vida !!!!

LINHA DO TEMPO